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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
A retomada da economia após um mês da reabertura do comércio e serviços é lenta em Santa Maria. A expectativa é que o consumo volte a crescer a partir do segundo semestre.
Representantes de entidades empresariais concordam que deve existir um equilíbrio entre o que é recomendado para a saúde e o que é considerado essencial para o dia a dia da população. Nem liberar tudo, nem proibir tudo. Essa é a opinião do empresariado local.
Uma coisa que todos concordam é com a queda nas vendas e no movimento durante a pandemia. Ruas cheias, mas estabelecimentos vazios dão a previsão de que a retomada não seja imediata. Ademir José da Costa, presidente do Sindilojas Região Centro, estima que as vendas do último mês estejam 50% abaixo do que era antes da pandemia, e que a crise não afeta apenas o comércio, mas sim, todos os setores da economia.
- O comércio depende de outros setores e, se outros setores não estão funcionando direito, ele consequentemente será afetado - aponta.
O presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Luiz Fernando Pacheco, acredita que levará algum tempo para que a população volte a consumir como antes.
- Tivemos um mês difícil. Uma coisa são empresas abertas com público consumindo. Outra coisa são empresas abertas sem público consumindo. A crise econômica é forte e só venceremos isto insistindo na abertura das empresas - defende Pacheco.
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Para Pacheco, o estado de espírito da população ainda não é favorável para o consumo, mas mesmo assim, o setor produtivo deve insistir em seu funcionamento.
- Muitas pessoas estão desempregadas e sem renda. Eu acho que só venceremos estas questões, com empresas abertas e funcionando - afirma.
No Royal Plaza Shopping, o administrador, Ruy Giffoni, afirma que, mesmo com baixo fluxo, o movimento melhorou em comparação ao mês anterior:
- As vendas foram melhores, mas temos consciência de que isso só voltará ao normal lá pelo mês de setembro. O shopping é um local muito seguro, onde não permitimos aglomerações.
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A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Marli Rigo, acredita que a população só está consumindo o que necessita neste momento. Enquanto outros setores não retomarem as atividades, o comércio não vai vender como antes.
- O novo normal ainda não está estabelecido. O que eu quero deixar registrado é que o comércio todo está habilitado e preparado para receber os clientes com todas as medidas possíveis e de acordo com as orientações dos decretos. Posso garantir que existe segurança para o consumidor sair às compras - afirma.
EMPATIA
Ademir da Costa acrescenta que a saída para equilibrar a situação da crise é cada um se colocar no lugar do outro.
- A doença existe e é perigosa, mas sabemos de todos os cuidados que devemos tomar. Eu acho que quem pode ficar em casa, que fique. Mas quem deve sair para trabalhar, é só se prevenir. Ter empatia nesse momento é essencial. Cada um fazendo a sua parte e com todos os setores entrando em harmonia, podemos criar uma medida que flua bem para todos - diz o presidente do Sindilojas.
Medidas de prevenção são cumpridas à risca
Os setores empresariais estão engajados na recuperação da economia. Para isso, os cuidados e métodos de prevenção ao coronavírus são mantidos e reforçados em todos os locais.
No Royal Plaza Shopping, além de evitar aglomerações, as equipes seguem com as medidas sanitárias indicadas pelos órgãos de saúde.
- Continuamos com as medidas de prevenção como a aferição de temperatura, indicação do uso da máscara e do álcool gel na entrada. Eu acredito que a população esteja cada vez mais consciente e que perceba que pode voltar a consumir se tiver cautela - afirma o administrador, Ruy Giffoni.
Ademir da Costa, do Sindilojas também garante que as medidas são cumpridas.
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- Não orientamos os funcionários para que apenas cumpram as medidas no momento do atendimento ao público. Nós orientamos para que eles levem essas medidas para suas famílias. A população deve estar bem orientada para que tudo funcione bem - diz Ademir.
De acordo com o consultor econômico Alexandre Reis, não existe maneira de prever quando tudo voltará ao normal, mas ele garante que tomando todos os cuidados indicados, logo será possível ver o comércio e os serviços prosperando novamente.
- Temos que ter a consciência de que esta retomada vai ser lenta e gradual. E isto vai depender de diversos pontos econômicos. Mas eu destaco que valorizar o comércio local e, principalmente, garantir segurança sanitária para os clientes e consumidores, seja um acelerador no processo da retomada da economia - diz.